Informações sobre o disco

                 “Deus, a natureza e a música” consagra o soul abrangente de Hyldon"

        É este experiente artista -empoderado pelo enorme sucesso da estreia - que elabora com requinte o temerário segundo disco. “Deus, a natureza e a música” (1976) foi intitulado a partir da composição assinada por Jacks Wu, faixa inicial do roteiro. A embalagem instrumental do fronteiriço soul/gospel (“ver o sol dourado tantas vezes nascer/ me fez compreender que o bem da vida/ é viver”), pastoreado pelas flautas de Jorginho e Celso, não poderia ser mais luxuosa: arregimenta a Orquestra de Cordas do Theatro Municipal carioca, sob a regência do luminar maestro Waltel Branco. Todo o elenco instrumental é de primeira linha. Conta, além do afiado trio Azymuth (José Roberto Bertrami, teclados, Alex Malheiros, baixo, Mamão, bateria) com integrantes da incendiária banda Black Rio lançada neste ano (Oberdan Magalhães, sax tenor, Cristóvão Bastos, teclados, Luiz Carlos, bateria, Claudio Stevenson, guitarra), e ases diversos da MPB.

           A maior surpresa vem no final. Pontuado por baixo insinuante de Rubão Sabino, órgão Hammond de Carlos Dafé – outros dois ases do Soul Brasil - piano Fender Rhodes e arranjo de cordas de Cristóvão Bastos, com a orquestra do Theatro Municipal, mais uma vez regida por Waltel Branco, Hyldon transporta para a atmosfera funk/soul a megaclássica “Pra dizer adeus”, de Edu Lobo e Torquato Neto. A desiludida canção virou icônica nas vozes das divas Elis Regina e Maria Bethânia. A rara façanha é de artífice que domina com maestria não apenas seu segmento, mas a diversidade eclética da MPB. (Tárik de Souza)


Tracklist

Lado A

  1. Deus, A Natureza E A Música
  2. Estrada Errada
  3. Primeira Pessoa Do Singular
  4. Homem Pássaro
  5. Morte Doce
  6. Pra Todo Mundo Ficar Sabendo

Lado B

  1. Adoração
  2. Cor De Maçã
  3. Búzios
  4. Sheila Guarany
  5. O Boiadeiro
  6. Pra Dizer Adeus


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